domingo, 7 de janeiro de 2018

Um espírito bom...



O destino se desenha como num traço borrado
Não se sabe o que acontece, não se conhece o motivo
Amamos e odiamos, sem querer...sem planejar...
Perdemos as referencias, sem norte nos peguntamos: e agora?
Explica-se a vida como se fosse necessário
Sentimos falta, do amor e da fraternidade
Mães matam a semente no ventre
Mal amados banalizam a violência
Fazem leis... as leis dos homens
Castigos como justiça não cicatrizam as injúrias
Vamos em frente sem alternativas
Quase conformados, meio desconfiados
Vislumbramos longe uma chama adormecida
Ainda acesa na alma em cinzas
Esperando uma brisa, mesmo que suave
A expulsar a escuridão mesmo que imensa
Renovando a fé, fortalecendo o espírito
Amor renasce, a força ressurge, a nuvem se dissipa
Não é divino nem sagrado
É luz, é cândido, é Xavier...




sábado, 4 de fevereiro de 2017

Ouro e brisa!



Como uma brisa, apareceu soprando alegria
Movendo-se como ventania e gerando energia
Como na natureza, agitou e fortaleceu raízes...
Luz para escuridão, farol para navegação
Preciosa, é ouro brilhante
Polida e reluzente, lapidada como diamante
Também santa, mãe protetora, esposa polivalente
Aura que emana da sua alma bondosa
Maria como pessoa, Maria como amiga
Aurinha para todos, como a amamos
Permanece conosco, agora na lembrança
Deixou-nos, pois chegou a hora
Serena como na bonança
Partiu deixando saudades...

*deixo minha homenagem a minha comadre, dona Aurinhaessa grande pessoa que marcou a minha vida, ensinando muito, proporcionando horas de companhia prazerosa com a sua querida família e parentes !



sábado, 26 de novembro de 2016

Fidel...













Estadistas

Enxergar é diferente de ver,
Agir é diferente de fazer
A verdade nunca foi absoluta
O poder nunca foi caridoso
Utopia é o oposto do possível?

Foi um dia, pai do trabalhador
Reconheceu o operário assalariado
Voltou pelo voto e partiu
10 cruzeiros teve a sua cara
Saiu da vida e na História eternizou

Teve um que foi do mal
Salvou o país da inflação
Resgatou a dignidade da nação
Imaginou um império infinito
Vidas alheias, sem valor...

Tem os eleitos para mandar
Na política egoísta moderna
Dividido em direita e mais à direita
Espalham estrelas pela Europa
Marcando território como um cão...

Partiu junto com a ideologia
Perseguiu a justiça ao seu ver
Como todos, se apoderaram
Da verdade que lhe foi dita
Certeza que fez diferença
Até para que não acreditaram
Mas os fatos se repetem
Pois não se aprende pelo exemplo
Todos jogaram as sementes
E mais um jardineiro se foi...






Voltei !!

O que falar...

O fato que existem fatos, 
O relatar que se torna necessário
Vai se perdendo pelo fluxo
Sem ter muito a acrescentar
Para mim, para vocês
Felicidade faz calar
Alegria é egoísta
Sem sentimentos para expressar
Pela rotina de sorrir
Vou gritar novamente
Pela linguagem que conheço
Voltei pra reclamar
Sempre que posso, polemizo
Voltei pra cornetar!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Maria! Maria! Maria!

Maria é feliz
Maria é alegre
Maria é bonita
Maria é esperta.
Ás vezes entristece
Nem sempre acontece...
Mamãe te ama
Te cuida, te paparica
Também briga e grita
Porque é teimosa,
Geniosa, genial...
Não tema, não tem importância
Amor é de intensidade
Sempre transborda.
Amiga de verdade só te adora
Nos risos e choros,
Num abraço forte,
Nunca te abandona...
Fofocas e intrigas
São das invejosas.
Mal amadas, quem precisa delas?
Dispense o dispensável,
Nada precisa além do amor
Tem em casa, na família,
Às vezes longe
Mas sempre ao alcance,
No coração,
No pensamento,
Nas lembranças...
Maria, amamos Maria
Apenas por ser você
Enche-nos de orgulho
Por brilhar em nossas vidas
Seu sorriso, seu carinho
Filha, irmã, companheira...
Amamos você!


sábado, 3 de janeiro de 2015

Destino marginal


Quando vem à luz não se escolhe aonde
Sendo o primeiro amado ou o último odiado
Indesejado no útero e parido rejeitado
Espancado pelo álcool, maltratado pela fome
Cresce no lixo como pode
Esquiva-se da morte que o chama pelo codinome

Escaldado tem medo do amor
Instituições falidas, elites governantes, moral decadente
Inala sonhos que mascaram a dor
Vive dos vereditos dos juizados
Com sorte à maioridade, gradua-se sem louvor

Gerencia um beco, uma esquina
Furta o destino transeunte
De chinelo, bermuda e capuz
Carrega a féria na mochila
Resta pouco, já vive muito
A sorte o aguarda paciente
A justiça é certa, feito à bala
Agora sereno, na bonança, a sua esperança?
Jaz tranquilo no fundo de uma vala


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Meu professor!



Lembranças do Grupo Escolar, 
Professor Barbosa, respeitável diretor 
Carinhosas professoras normalistas
Tinham os alunos como crias e a escola como lar

Ah... aquela professora de francês...
Ficávamos todos apaixonados
Guris atrevidos mas nem ousávamos desrespeitar
Zoávamos mesmo do combover do professor Zapille.

Hino nacional no pátio, mãos dadas nas aulas de canto
Isso era difícil para um macho de 13 anos
Brincadeiras e zombarias
Mas e o medo de perder de ano?

Nem imaginávamos, éramos protegidos...
São anjos na Terra, hoje tenho certeza
Aprendi o o que é ser mestre
E orgulhoso declaro ter sido
Aluno de Geraldas e Haideés,
Que estão na minha memória com carinho
Esses incansáveis professores.